O Jerone Toledo

Vou contar um pouco da minha história, onde irei lembrar de coisas que tenho em comum com a família de muitos caminhoneiros e donos de transportadoras!

Para quem não me conhece, meu nome é Jerone Toledo, cristão, filho de caminhoneiro, empreendedor, professor e eterno aprendiz.

Natural da Lapa (PR), resido em Ituporanga (SC) e venho de uma família humilde, onde meu Pai sempre estava longe da família por ser caminhoneiro e minha mãe fazia a gestão da casa.

Meu pai nem sempre podia estar presente quando eu era criança, mas ele sempre fazia um esforço para estar em aniversários, eventos da escola, Páscoa, Natal e ter uma vivência comigo. Como ele dizia “Eu não te vi crescer. Quando saio e chego você está dormindo”.

Nas férias, o acompanhei poucas vezes nas viagens, pois suas cargas contavam com horários rígidos, não permitindo que sobrasse tempo para lazer e atenção. Não era o ideal, mas era o que havia no momento e o que mantinha a nossa família.

Ele não era o dono do caminhão, mas esse era um dos seus maiores sonhos, já que ganhou e deu produtividade para muitos proprietários que construíram grandes negócios durante sua jornada, inclusive transportadoras.

A paixão não era somente motivada pelas máquinas da estrada na época, mas sim pela possibilidade de dar melhores condições para a nossa família.

Na década de 80, não existia telefone móvel e sequer aplicativos como hoje. Sendo assim, ele combinava que em X dias ligaria na casa da minha avó materna, que tinha telefone fixo (que também era para poucos) para dar notícias e ver o que precisávamos.

Mesmo sendo empregado, tinha vezes que não dava para enviar dinheiro para casa ou que a comissão do frete sequer era recebida, fazendo com que os ganhos ficassem quase todos nas despesas da estrada. Minha mãe, uma heroína até os dias de hoje, sempre ajudou a manter a casa com vendas de catálogo e trabalhos manuais artesanais, para contribuir e algumas vezes até manter o orçamento mensal da casa.

Nessa época, o motorista era mais valorizado, pois era visto como um desbravador. Alguns empreendedores da região onde morávamos, inclusive, perguntavam para o meu pai como eram os modelos de negócios daquele mercado, como atuavam as empresas da cidade grande ou de determinadas regiões. Validavam seus negócios comparando ao que tinha visto em grandes centros e onde tinha dado certo, tanto na região que morávamos, localizada a 60 km de Curitiba-PR, quanto nos demais lugares que carregava e descarregava.

Como trabalhava com o segmento de hortifrúti, tinha seus contatos para negociar a compra da mercadoria e os fretes nas fazendas para descarregar no CEASA ou em distribuidores, uma praxe até os dias de hoje neste segmento e no agronegócio.

Sempre comento que o melhor vendedor é o motorista de caminhão, pois está In Loco com as duas pontas da negociação, e ainda leva todo o produto, seja ela matéria-prima ou o item acabado.

Meu pai não queria que eu fosse caminhoneiro - até evitava me levar em viagens para eu não gostar da profissão - certamente pela rotina de sofrimento, pelos sacrifícios exigidos e pelos riscos envolvidos.

Apesar disso, DEUS tem seus propósitos e logo, após sair do quartel, acabei iniciando a jornada na portaria de uma indústria, em que a função era anotar as placas e organizar a entrada e saída de caminhões na fábrica, auxiliando na expedição que carregava até 70 caminhões no dia.

Com meus esforços, fui convidado para trabalhar numa transportadora como assistente, A empresa era focada em caminhoneiros autônomos, que me deu um grande norte a ser seguido.

A experiência e a vivência no transporte rodoviário me enriqueciam a cada dia. Em 2007, eu realizava o sonho que meu pai não alcançou e criei a minha transportadora.

Até ali eu estava realizado, mas não totalmente satisfeito. Não era o que eu queria de verdade, mesmo com todo sucesso que alcancei em alguns momentos da minha carreira. Algo dizia que era necessário fazer mais.

Digo sem medo que tudo o que tenho e sou devo ao suor de muitos caminhoneiros. O que mais me moveu para tomar a decisão de minha vida foi quando fali em 2014, mesmo tendo graduação em Logística Empresarial.

Durante muito tempo, eu estudei e percebi que muitas coisas podiam ser feitas para melhorar a vida dos caminhoneiros autônomos. Em 2015, fui buscar conhecimentos numa das melhores MBAs de escola de negócios, cursando Gestão Estratégica de Empresas no ISAE/FGV.

Juntando isso com a expertise e a experiência que adquiri no setor de transporte rodoviário, criei a Brutus, projeto escolhido para ser acelerado junto com outros startups.

  Graduado em Logística Empresarial – Faculdade Camões Curitiba-PR

  MBA Gestão Estratégica de Empresas - ISAE/FGV Curitiba-PR

  GBA em Gerenciamento e Gestão de Projetos - ISAE/FGV

  GBA em Supply Chain Management- ISAE/FGV

  GBA em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística - ISAE/FGV

  Fundador da Brutus sustainable Transport, Empresário do ramo de transporte de cargas, com mais de 13 anos de experiência no ambiente de transporte rodoviário.

  Agente de fretes, com foco em gestão lean, executando serviços para operadores logísticos, transportadoras e industrias nacionais e multinacionais.

  Consultor de logística para projetos especiais de transporte, mapeamento de processos, planejamento estratégico, modelos de gestão, gestão da Qualidade, SASSMAQ e ISO 9001.

  Professor de Web Tutoria nas faculdades Fael nas disciplinas; Logística Empresarial, Administração da Produção, Educação Ambiental, Planejamento de R.H, Sistemas de Informações Gerenciais, Estratégia empresarial.